Investir em Ciência e Tecnologia

Existem várias questões levantadas em relação ao investimento nas ciências e tecnologias como:  Porque apoiar as C&T? Quais as fracções de recursos da sociedade  que devem ser aplicadas para esse fim? Como repartir esses recursos? Quais  os mecanismos de apoio? Podem tais investimentos serem feitos de forma ecologicamente segura e compatível com a sociedade ? Como estas questões, certamente existem muitas mais em relação a este ponto importante para qualquer país em desenvolvido ou em desenvolvimento.

Começando por responder a uma das simples perguntas que muitas vezes é colocada, ” Porque que a ciência deve de ser apoiada pela sociedade?”.  As respostas são variadas, como se é de prever em qualquer assunto. Se a resposta for dada de uma forma mais global, pode-se dizer que a espécie humana é essencialmente uma espécie curiosa que tem vindo através de milénios partilhando conhecimento de geração em geração , com isto o futuro da espécie está ligado à continuação deste crescimento e continuidade do mesmo, isto também é o resultado da evolução da nossa espécie ( estrutura dos nossos cérebros, estrutura genética), devendo assim o ser humano apoiar a ciência para sr uma parte inerente da nossa natureza. Em contra partida, numa resposta mais aplicada /localizada, pode-se dizer ou afirmar que o conhecimento permite-nos desenvolver os meios tecnológicos necessários para melhorar a nossa qualidade de vida de um forma sustentável, consistente com os recursos finitos do nosso planeta, assim como o seu equilíbrio ecológico; Nesta última resposta, a mais localizada, também responde no fundo a uma outra questão, sobre o investimento em tecnologia por parte da sociedade.

No entanto, a resposta à questão das fracções aplicadas às ciências e tecnologias é bem mais difícil e distinta, podendo sr discutida com bases em experiências passadas. Isto deve-se ao facto da forte correlação existente entre a fracção do PIB investido em C&T por um dado país.  A fracção do PIB pode ir desde os 2.6% para os países mais desenvolvidos aos 0.1% dos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, tal facto, não prova que exista uma ligação de causa efeito sobre o investimento em ciência e o desenvolvimento, mas difícil é não haver especulação sobre o processo de retro-alimentação entre essas duas variáveis, pois os investimentos levam a desenvolvimentos  estes levam a novos investimentos. Assim, consegue-se chegar à conclusão que a variável importante não consiste num investimento absoluto mas sim numa fracção de investimento, ou seja, um país com um PIB pequeno têm aproximadamente o mesmo nível de desenvolvimento que os países que tenham um PIB significativamente maior, quando existe uma percentagem do seu PIB investida nas C&T.

Isto sugere então que os países em desenvolvimento devem lutar para realizar um investimento maior do seu PIB nas ciências e tecnologias, não esquecendo de referir que os problemas  necessidades sociais são factores que tornam politica e psicologicamente difícil atingir certos níveis e objectivos. Este assunto, como por exemplo os de tema políticos e económicos, dizem respeito ao balanço entre perspectivas de curtos e longos prazos. é importante, portanto, a questão sobre qual fracção dos investimentos deve de ser aplicada para as C&T, isto porque, no “mundo” dos países desenvolvidos, diz-se  que a quantidade de conhecimento cientifico disponível ´suficiente para resolver os problemas que a sociedade enfrenta. Como resultado, quase todos os recursos disponíveis para as C&T devem de ser disponibilizados na aplicação daquele conhecimento, objectivando a melhoria da sociedade, investindo mais em tecnologia do que na ciência.

No entanto, este argumento tem algumas falhas, uma das importantes falhas é a suposição de que já se possui conhecimento básico suficiente, pois as descobertas feitas desde então pela ciência básica em biologia molecular e em física do estado solido levaram a impactos sociais. A verdade é que não tem como se saber o que levará a novos conhecimentos, daí, ser importante uma continuidade no investimento em ciência. Uma outra falha, consiste nos cortes ou diminuição significativas neste investimentos pelo “mundo” desenvolvido que vão de encontro à curiosidade humana. Sendo estes investimentos cortados, que pode esperar a sociedade no futuro? o efeito total, pode ser uma queda significativa no desenvolvimento.

Em suma, pode-se afirmar que nos países desenvolvidos é importante que se mantenha a fracção de investimento em C&T aos níveis actuais, enquanto que nos que ainda estão em desenvolvimento, deve de ser suficiente para garantir saudável e razoável a participação no empreendimento cientifico internacional. Com isto, a pesquisa em programas com o de graduação em ciência básica, devendo  ser como o próprio diz, básico para que resulta em cientistas bem treinados, mesmo que depois sofram percalços no trabalho aplicado.

Abordando as partes privadas e publicas, é necessário que os mecanismos de financiamento estejam baseados na sua distinção. Actividades que sejam para o bem publico devem de ser apoiadas por fundos públicos enquanto que as privadas por sectores privados, existindo interfaces de grande importância ente estes dois sectores. Os mecanismos governamentais destas actividades foram amadurecendo nos países desenvolvidos, devendo-se isso a sérios esforços.

Nos países em desenvolvimento, o principal produto dos sector publico para consumo do sector privado é a mão-de-obra treinada em C&T, sendo essa mão-de-obra empregada no sector privado para resolução de problemas. É assim o mecanismo mais importante de transferência de C&T do sector publico para o privado. Ao mesmo tempo, os cientistas que foram treinados para o efeito através do contacto com o meio universitário, estabelecem também um fluxo de informação em direcção oposta que ajuda a manter a última informada dos desenvolvimentos da industria, assim como as suas necessidades . é um fluxo bidireccional de informação que deve de ser intensificado tanto pelos países desenvolvidos como pelos em desenvolvimento.

Para finalizar, é de realçar que não apenas os investimentos feitos em causa que podem ser ecologicamente seguros, mas que deve ser um critério a ter em conta para o investimento realizado, isto porque, em anos passados, quando a população mundial era relativamente pequena e os sues recursos naturais aparentemente infinitos, não havia tanta consideração pelo impacto tecnológico no mio ambiente. Hoje em dia, devido à pressão exercida sobre o planeta, ´importante que seja feita um utilização de recursos renováveis para a preservação da integridade ecológica do ambiente. felizmente para nós (seres humanos, espécie inteligente) a humanidade está apta para cumprir tais objectivos, caso contrario, estaríamos destinados a um baixo nível evolutivo entre as inteligências que possivelmente permeiam o universo.

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